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Caminho Português de Santiago – 7.ª etapa
... a caminho de Santiago, enquanto o sol ainda se espreguiçava

Às sete da manhã, rumo ao tão almejado pequeno-almoço no Continente de Valença, há sempre muita coisa a acontecer na camioneta que nos transporta para esta aventura, nomeadamente:

•O regresso da nossa Rosinha à cozinha, para partilhar a sua sabedoria na plantação de fruta exótica e desconhecida para o grande consumidor e a partilha de tangerinas vindas directamente do seu pomar e repletas de vitamina C biológica. Obrigada, Rosinha, adorámos recebê-la sempre nos nossos aposentos.
•Celebrámos os aniversariantes da semana, a Eunice e o Vieira da Silva, cantámos, com o surpreendente coro desafinado, mas sempre cheio de entusiasmo, o «Parabéns a Você», com palmas efusivas. Não havia bolo, mas a alegria esteve presente em cada nota da pauta e sorrisos do grupo.
•E porque teoricamente estava no horizonte a etapa mais difícil desta caminhada, a nossa Cristina, já habituada a mostrar solidariedade, presenteou-nos com uma barra energética, repleta de maravilhoso chocolate, como kit de sobrevivência. Obrigada, Cristina.
•Com tanto a acontecer, nesta ainda viagem de início de etapa, não posso deixar de destacar que na nossa efervescente cozinha de petiscos ímpares e cheios de sabor foi muito discutido um novo negócio, em matéria de material de protecção para os dedos dos pés. Mais conhecido como “os preservativos dos pés”, título ainda em estudo e preparação para defender a patente. Para mais informações, esperem as próximas etapas.

Chegados a Mós, com cerca de 29 km em vista (nunca a nossa Rosita e team leader esteve tão sintonizada com o GPS), iniciámos a etapa, com uma pequena subida de motivação matinal, entre Mós e a Capela de Santiaguiño. E como tudo que sobe também desce, a sorte é que a chuva nos deu tréguas: galgámos descidas íngremes até Redondela. Sempre com uma paragem aqui e ali para o tão ambicionado carimbo ou as instalações sanitárias, entre estrada com barulho e zonas de habitação, parámos para almoçar no Restaurante Filla del Mar – espaço muito agradável e espaçoso, onde encontrámos as perfeitas condições para descansar, energizar e comer as nossas refeições caseiras.

Retomámos o nosso itinerário com o foco em Pontevedra e avistámos as diversas referências desta localidade, concretamente: a ponte romana de seu nome Sampaio, a Capela de Santa Marta (nome tão pomposo e belo) e a ria de Vigo. Esta povoação tem à disposição diversos albergues para peregrinos, e nesta 2.ª parte da aventura somos brindados com paisagens muito mais bonitas e pequenos bosques com terra batida.

Para quem achasse que as subidas estavam superadas, até chegar a Pontevedra ainda superámos duas subidas rasgadinhas, a última de piso irregular e com algumas pedras. O ponto de chegada seria no Albergue de Pontevedra – caso este estivesse aberto – e como tal avistámos a nossa MGC, devidamente estacionada na Estação de Autocarros de Pontevedra.

Aventura superada, calorias do Natal e Ano Novo diminuídas, lá vamos nós, rumo à nossa cidade-berço, o Porto. Pela viagem, ainda cantámos os parabéns ao faltoso Vieira da Silva (não quero ser má-língua, mas acho que ele não quis levar bolo ou chiripiti para a malta), via telemóvel da team leader e desta forma deixar bem claro ao Vieira da Silva que nós não nos esquecemos do seu aniversário e as implicações que este tem na dinâmica do grupo.

Já a nossa profissional em trepar árvores, a Eunice, preocupada com o facto de ainda estarmos enjoados das delícias natalícias, referiu com toda a legitimidade que trará numa próxima aventura, o bolo-rei de outrora e já afamado nestas andanças.

Por último, a nossa líder Rosa relembra que tivemos um membro novo no grupo, a seu convite, uma colaboradora da empresa que nos transporta e que esta demonstrou algum mau feitio e cansaço na execução desta difícil etapa, mas só para os estreantes, como é o caso desta.

E terminámos com as palavras finais da team leader, de que somos resilientes, duros e uns atletas fortes e resistentes. Nada nos abala!

Este grupo é de facto excepcional, e obrigada a todos por permitirem que este ambiente de descontracção e festa se mantenha e ainda suportarem o barulho da “cozinha”, que por vezes mais parece um jardim-de-infância, mas que tem como finalidade apenas criar momentos divertidos, leves e inesperados.

E não se esqueçam do nosso lema, «Tudo o que se passa no caminho, fica pelo caminho».

A caminheira, Marta Pereira.

Por Marta Pereira, 26-07-2025






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