Mas desta vez – e como de costume – há sempre novas presenças, e esta leva trouxe-nos a Rosinha, que nos presenteou quer com a sua presença quer com um bombom da Ferrero Rocher, não fosse apetecer-nos algo… e o senhor motorista não se chama Ambrósio.
Desta vez, não demos duas voltas às rotundas, mas cantámos duas vezes os parabéns: uma para a Fernanda, e outra para a Celeste. A Rosa Maria explicou que este percurso era – e é, sem dúvida! – muito bonito e perfeitamente acessível, mas tenho para mim que para todos estes caminheiros o percurso, seja ele qual for, é fácil; o difícil é mesmo agradar no ar condicionado. No percurso chegámos a pensar que a caminheira Sónia ia desistir porque carregou no botão, mas era da campainha, e – claro! – por causa do ar condicionado.
E como todos sabem quem nós somos e a fama vem de longe, claro que tomámos o pequeno-almoço no Constantino e demos início à caça do carimbo. Depois de inúmeras fotografias de grupo, com o campeonato de estrada como fundo, lá demos início à caminhada.
O caminho é muito bonito e faz-se essencialmente por terra batida plana com o rio Coura ao nosso lado. Atravessámos uma ponte de madeira com indicação dos caminhos de Santiago, vimos pequenas aldeias e passámos por alguns dos albergues mais agradáveis e bonitos que encontrámos até agora.
De realçar que observámos em Coussourado a pedra que indica a 1.ª seta amarela dos caminhos de Santiago ali colocada nos princípios dos anos 90. Às 11.30h parámos para um reforço alimentar na Taberna da Igreja, em Fontoura, local muito agradável – e como sempre fomos muito bem recebidos: e, claro!, mais um carimbo.
Todos entrámos para apreciar a Capela do Senhor do Bonfim e colocar mais um carimbo na caderneta.
Almoçámos no Contrasta, o tempo estava óptimo e estávamos todos muito bem-dispostos.
Ao décimo sexto quilómetro entrámos em Valença e passámos nas ruas onde o comércio tradicional ainda é um pouco do que era; atravessámos o túnel e já se via a ponte internacional.
Parámos para agrupar, pois a ideia era entrar em Espanha unidos. Às 15 horas entrámos na Catedral de Santa Maria de Tui, e demos por semifinalizada esta etapa; semifinalizada porque, estando em Espanha, para terminar falta comer umas tapas e beber uma canha.
Ao longo deste percurso, passámos por uma construção que tinha a frase: «O caminho de Santiago não se faz, vive-se», e acho que nesta altura de etapas, e depois de todo este convívio, todos concordamos.
De regresso, a Fernanda e a Celeste passaram por todos e presentearam-nos com um lanche, e que bom que estava e que bem que soube.
Cada etapa é um desafio, e quando terminamos estamos de coração cheio, estamos a meio do percurso, mas a organização está sempre à frente e já anuncia mais possibilidades de etapas.
Muito obrigada a todos até porque eu sou completamente nova quer nas caminhadas quer no grupo, mas fui muito bem recebida.
E já que agora o território é espanhol – Venga una más!
Por Alexandra Sampaio, 25-04-2025
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